Por Nara Alves
Entramos a pé em Israel depois de algumas horas de espera e interrogatório. Nossa porta de entrada foi a cidade de Eilat, ao sul do país. Sem querer, chegamos em plena Páscoa judaica, o Pessach. Por causa do feriado religioso, havia quase nenhuma opção de deslocamento para Jerusalém. Ficamos dois dias parados, esperando o feriado acabar. Fomos de ônibus para Jerusalém. Nos hospedamos no quadrilátero muçulmano da cidade antiga. Ficamos pouco tempo em Jerusalém e partimos de ônibus para Tel Aviv, de onde partimos para a Europa.
Dicas de Viagem
Planeje-se para conhecer um território Palestino, como a Cisjordânia. Até dá para ir sozinho, mas há agências de turismo que vendem pacotes de visitação de meio período ou um dia. Belém também é uma opção menos complicada. Já para entrar na Faixa de Gaza é preciso uma autorização especial e, muitas vezes, o acesso é completamente bloqueado devido a bombardeios.
Raio X
Tempo no país: 6 dias
Locais visitados: Eilat, Jerusalém, Tel Aviv
Visto necessário: Não
Transporte terrestre longa distância: 80 dólares
Transporte local: 65,50 dólares
Hospedagem: 184,5 dólares
Alimentação: 75,50 dólares
Lazer: 10 dólares
Total por pessoa com transporte até o país: 207,75 dólares (34,60 dólares/dia)
Total por pessoa sem transporte até o país: 167,75 dólares (83,90 dólares/dia)
Trecho do livro “66 histórias de uma volta ao mundo”
Com carimbos do Irã e do Líbano nos passaportes, nós sabíamos que entrar em Israel poderia ser complicado. Ainda mais partindo do Egito e durante a Páscoa. Quando entramos no táxi que nos levaria até a fronteira, o motorista perguntou, meio indignado, se a gente sabia que os dois países não se davam muito bem. Claro que sabíamos. Seria menos pior ir de avião e ingressar por um aeroporto internacional. O táxi, porém, saiu por 40 dólares, enquanto a passagem aérea custaria 600 dólares cada. Inviável. Decidimos ir por terra mesmo. Vai que dá certo.
A região do Egito próxima à fronteira com Israel é um deserto vazio, às margens do Mar Vermelho, cheia de construções abandonadas e resorts sem hóspedes em pleno feriado de Páscoa. Um lugar muito esquisito, meio fantasma. Nas três horas de viagem, nosso táxi foi parado pelo Exército egípcio a cada cinco minutos. Sem exagero. O porta-malas foi revistado e os passaportes, checados – no mínimo duas dezenas de vezes. Tudo certo, chegamos à fronteira. Os funcionários estavam praticamente às moscas. Além de nós, não havia mais nenhum estrangeiro querendo passar para o outro lado. Colocamos as bagagens no raio X e, para nossa surpresa, a do Bernardo ficou retida. Ele carregava uma faca na mochila.
País anterior: Egito
Próximo país: Itália
Quem largaria um belo emprego na TV para sair pelo mundo experimentando as mais diversas culturas? Nara Alves. Acompanhada de seu namorado, Bernardo, entre 2014 e 2015 a moça se aventurou por 22 países da América do Norte, da Ásia, da Oceania, do Oriente Médio e da Europa.
Saiba mais: 66 histórias de uma volta ao mundo