Por Juliana Maian
Budapeste é de encher os olhos. Para os que conhecem também a capital francesa, dá para sacar direitinho porque alguns a chamam de “Paris do Leste”.
Um pouquinho da história de Budapeste
A capital da Hungria era originalmente composta por duas cidades: Buda, de um lado da margem do rio Danúbio, e Peste, na margem oposta. As duas se uniram oficialmente em 1873. Aliás, os leões que ficam na Chain Bridge, a primeira ponte a ligar as duas cidades, simbolizam esta união.
A influência turca está presente em muito da arquitetura da cidade, bem como na cultura dos banhos termais (que são uma delícia!). Também tem muita coisa ainda do período socialista, como ônibus, telefones públicos e edifícios.
Sensação monetária em Budapeste: tô ryca(o)!!!
Se você quer se sentir cheio da grana, Budapeste é o seu lugar. Como €1 vale hoje em média 300 Forints (a moeda húngara), não é incomum você ir ao caixa e voltar com TRINTA MIL DINHEIROS na carteira. Mas não se iluda, os precinhos também estão frequentemente na casa dos três ou mais dígitos. 😐
Circulando por Budapeste: Bajcsky… o quê?
Sabe um lugar onde você chega e mesmo sem saber a língua consegue se locomover numa boa? Pois é, esse lugar NÃO É BUDAPESTE! A coisa mais fácil que tem é você se sentir perdido e confuso, mesmo com um mapa na frente do seu nariz. Isso porque o húngaro não se parece com nenhum outro idioma.
São acentos em lugares esquisitos e milhares de consoantes em uma só palavra. O que mais me acontece lá é olhar no mapa, em seguida olhar a plaquinha na esquina com o nome da rua e pensar: “o que é mesmo que estava escrito no mapa?”
Para “ajudar”, o sistema de transporte da cidade também é bastante confuso. Ônibus e bonde não são integrados com o metrô e existem preços diferentes se você for fazer alguma “baldeação”. Ainda, a equipe nas estações raramente fala inglês direito.
A coisa boa é que as estações de metrô são super bonitas. Não deixe de circular pela linha 1, com seu trenzinho foférrimo: é uma viagem no tempo.
Sugiro comprar o bilhete diário, que permite usar toda a malha de transportes sem maiores complicações durante 24 horas… ou andar a pé mesmo, pois a cidade é linda e não muito grande.
ATENÇÃO: Não importa que tipo de bilhete você escolha, apenas não esqueça de validá-lo nas maquininhas nas estações do metrô ou dentro dos bondes e ônibus, pois é frequente encontrar um fiscal. Evite pagar multa e passar vergonha!
Hospedagem em Budapeste: uma cama quentinha para chamar de sua
Para quem “não viaja para ficar dentro de hotel”, a relação custo benefício do EasyHotel Budapest Oktogon vale muito a pena. A localização é muito boa (em uma região bem central de Peste), o preço é acessível, a equipe é simpática e solícita, o quarto tem um tamanho ok (com banheiro privativo), é limpo, tem ar condicionado e wi-fi.
As desvantagens são que não tem café da manhã, nem cozinha, nem frigobar, nem guarda-roupa e nem TV. Porém, se você não se importa em não assistir o noticiário húngaro antes de dormir, vá na fé!
Atrações de Buda
Buda é o lado da cidade mais residencial, mais calmo e com “cara” de mais antigo. As atrações ficam no alto de um grande morro, o Várhegy, e para chegar até lá em cima existe um funicular.
A realidade é que tem um caminho para subir a pé ao lado da quase sempre longa fila do funicular e que só parece, mas nem é uma subida difícil. Se você andar uns 5 minutos pela margem do rio, vai encontrar também uma escada rolante e um elevador que te levam lá em cima “de grátis”. 😉
E o que tem lá em cima?
(Fotos de Juliana Maian. Clique nas imagens para vê-las em maior resolução)
Atrações de Peste
Peste é o hemisfério mais “cosmopolita” da cidade, onde fica a maioria das grandes avenidas, ruas comerciais, bares e museus. Destaque para as atrações abaixo, que fazem parte do circuito “obrigatório” de todo turista que se preze.
(Fotos de Juliana Maian. Clique nas imagens para vê-las em maior resolução)
Banhos termais
Ao visitar a cidade, separe pelo menos uma manhã ou uma tarde para relaxar em uma casa de banhos termais. É uma delícia passar algumas horas nas piscinas quentinhas! Também é possível fazer massagens, sauna e outros tratamentos medicinais. As duas casas de banho mais populares são:
Széchenyi Gyógyfürdö: É beeeem grande e parece um clube. Tem várias piscinas com cascatinhas, bolhas e correntezas. Recomenda-se ir em um dia de sol, pois a grande diversão fica por conta das piscinas descobertas.
Gellért Gyógyfürdö: outro banho bastante popular, mas menos muvucado. Fica em um prédio super pomposo estilo Art Nouveau. A piscina termal coberta é tuuuudo de bom!!! Dica: leve uma touca de natação, pois em uma das piscinas não é permitido entrar sem ela.
Onde comer em Budapeste: enchendo a pança
Na região do castelo de Buda:
- Por ser muuuuito turística, não espere achar lugares para comer barato ali, mas barraquinhas bem em frente ao Fishermen’s Bastion vendem salsichões e cervejas por um preço OK.
- O Piknik Pavilon, que serve umas comidinhas em um jardim bonito e agradável, também pode ser uma opção.
- A doceria que tem ali nas imediações é uma perdição. Vale cade caloria.
Em Peste:
- Na rua Kertész com a avenida Andrássy, tem um boulevard bem bacana, com vários restaurantes legais para um café da manhã ou almoço a preços razoáveis.
- Se a ideia for comer barato, a região do Oktogon e da avenida Teréz tem várias opções de fast food e kebabs.
- O restaurante Pozsonyi Kisvendéglö foi uma grande descoberta para comer comida típica Húngara, em porções bem servidas e a bons preços (dica da Isabela Morena, para o blog José on the Leave). Dica: vá durante a semana, fora dos horários de rush.
- Não dá para sair de Budapeste sem comer um bom Goulash, uma espécie de ensopado típico feito com carne e páprica (tudo tem páprica lá!), mas há variações com outros ingredientes, inclusive vegetarianos. Frici Papa Kifőzdéje tem uma goulash super saboroso, o único problema foi o garçom, que não falava inglês e foi bastante rude. Comida: DEZ. Simpatia e atendimento: ZERO.
Onde beber em Budapeste: bons drinks
No verão, a cidade bomba à noite, com muitos bares, restaurantes, clubs e barcos agitando a atmosfera. Ah! E tem uma coisa muito legal: é bem comum ter cobertorzinhos nas cadeiras dos restaurantes e dos bares para você se proteger do vento enquanto degusta o seu drink.
Cervejas: são populares as húngaras Dreher e Soproni, além da alemã Grösser, e das tchecas Pilsner Urquell e Staropramel. Tem uma geringonça muito engraçada, a Beer on Wheels, que oferece 10 litros de chopp para um grupo de pelo menos 5 pessoas sair pedalando e bebendo por aí. Só vendo para entender.
A noite em Budapeste
E se você perguntar: “Onde devo ir à noite em Budapeste?” a resposta é… “Simplesmente saia do hotel e vá para qualquer lugar!” Seguem quatro programas noturnos, mas com certeza você vai achar muitos outros ao visitar a cidade:
- Passeio noturno pelas margens do rio Danúbio: à noite ali se encontra uma outra Budapeste. Iluminada e linda de viver. O prédio do parlamento (foto) é um show à parte.
- Rua Király: para quem conhece São Paulo, é tipo a Vila Madalena. Cheia de bares e restaurantes, é destino certo dos baladeiros e botequeiros. Não deixe de entrar no espaço Gozsdu Udvar: é bar que não acaba mais!
- Deák Ferenc Ter: é uma praça que fica em cima da estação onde se encontram três das quatro linhas de metrô da cidade. Ali, existe um espelho d´água super convidativo para sentar-se em volta e tomar uma garrafa de vinho.
- Ruin Pubs: são pubs que funcionam em prédios em ruínas, que foram revitalizados. Existem vários espalhados pela cidade.
Bom, deu para perceber que tem muita coisa para ver e fazer na capital húngara né? Então, sem mais delongas: separe pelo menos três dias da sua vida e vá ser feliz em Budapeste! 😉