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30.04.2011

Colônia, gótica e moderna

 

Cheguei a Colônia no dia 21 de abril de 2011. A princípio não sabia nada sobre a cidade, embora bastante turística. Saí de Düsseldorf de trem e cheguei à Hauptbanhof (estação principal) de Colônia ainda à tarde. Logo em frente à estação havia um ponto de turismo, que é muito comum nas cidades alemãs. Lá peguei meu mapa e pedi à atendente para me mostrar como chegar ao meu albergue. Andei um pouco até alcançar meu destino, puxando a mala de rodinhas, mas já bem pesada. Porém, antes de seguir em frente era impossível não parar para admirar a enorme catedral, oficialmente conhecida como Kölner Dom, a terceira maior catedral gótica do mundo. Logicamente iria entrar nela, mas somente após deixar tudo no albergue. Colônia é uma mistura de gótico e modernidade. Com ruas que se conjugam parecendo uma grande calçada e ao mesmo tempo grandes avenidas.

 

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Ao deixar tudo no albergue, fui dar uma volta. Olhando o mapa, caminhei e respirei o que a cidade me proporcionava. Cheguei até o enorme parque para apreciar os cisnes no lago e as pessoas fazendo piquenique, churrasco e praticando esportes. É sempre uma boa opção para o lanche da tarde. Ir a uma lanchonete, pedir um lanche pra viagem ou em um alemão cotidiano zum mitnehmen (literalmente, para levar junto) e ir ao parque lanchar.

Além das famosas lojas de departamento como a Karstadt e Kaufhof, pequenos shopping centers, Colônia proporciona museus peculiares, como o Museu do Chocolate e o Museu da Mostarda. Todos à margem do belíssimo rio Reno que também merece ser apreciado com uma boa caminhada.

No centro histórico da cidade, vários bares no estilo de discotecas movimentam a vida noturna. E o melhor, na grande maioria não se paga para entrar, apenas para consumir. E sim, Colônia é um lugar de mulheres muito bonitas.

Por lá encontrei alguns alemães da minha idade (cerca de 24 anos, na época) que fizeram uma viagem para ver a penúltima partida do Borussia Dortmund na Bundesliga (a cidade de Dortmund fica próximo a Colônia) e não chegaram a tempo. O Borussia Dortmund perdeu e eles resolveram afogar a tristeza com a cerveja dos mercados de Colônia. Por acaso os encontrei e aproveitamos para sair durante a noite. Eles dormiriam no carro e iriam embora no dia seguinte. Grandes amigos que fiz por puro acaso de uma tarde de andanças e um fatídico jogo de futebol para os torcedores do Borussia.

No domingo de Páscoa fui finalmente à Kölner Dom e assisti a uma parte da missa matinal em latim e alemão. Uma experiência muito interessante e que merece ser repetida. No dia seguinte, visitei a torre da catedral, com seus 157 metros de altura e escadas espirais estreitíssimas em que não há jeito de subir duas pessoas ao mesmo tempo. E para dificultar ainda mais, é pela mesma escada que as pessoas descem. Logo, quando uma pessoa estava na mesma altura, um precisava grudar na parede e dar espaço para a outra. Ao chegar no topo, os belos sinos da Catedral e a vista de Colônia pelas janelas valem toda a subida. Para ter pique, levei na minha mochila uma garrafa d’água, duas barras de cereal e um sanduíche. Na base da torre, os visitantes podem comprar souvenirs e miniaturas da Dom. Ah, a entrada é paga, mas é barata. Na época paguei meia-entrada e me custou apenas 1 euro.

 

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Antes de me despedir de Colônia, fui visitar uma atração incomum. Em conversa com um amigo alemão que fiz no albergue de Düsseldorf, ele me falou sobre uma ponte de cadeados. Fui conferir de perto essa ponte que é próxima à estação de trem e por ela passam os vagões da DB Bahn pelos quais cheguei à cidade. Em toda a grade da ponte há cadeados grudados com nomes de casais. Sim, as pessoas que se casam escrevem seus nomes nos cadeados e grudam na ponte para simbolizar o amor eterno do casal. É uma cidade que me deixou saudades e uma das que vale a pena visitar mais e mais vezes, pois cada canto da cidade reserva uma atração peculiar e interessante.

 

Filipe Alves

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