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28.10.2014

O parque paulista com 12 cavernas

Cachoeira no caminho para a caverna do Couto | Foto por Bruna Cazzolato Ribeiro
Cachoeira no caminho para a caverna do Couto | Foto por Bruna Cazzolato Ribeiro

 

Por Bruna Cazzolato Ribeiro

 

Mais de 300 cavernas catalogadas escondem-se entre o sul do estado de São Paulo e o norte do Paraná. No Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeiro, o Petar, é possível conhecer 12 dessas cavernas. O lugar engloba os municípios de Apiaí e Iporanga, no estado de São Paulo. Com cerca de 35.000 hectares, Petar é dividido em quatro núcleos: Santana, Casa de Pedra e Ouro Grosso, na cidade de Iporanga, e Caboclos, em Apiaí.

 

Como chegar

Apesar de ficar em terras paulistas, o parque está mais próximo de Curitiba, no Paraná. Iporanga fica a 320km de São Paulo, e Apiaí, a 356km. De Curitiba são 190km até Iporanga e 165km até Apiaí pela Rodovia Régis Bittencourt (BR-116). Da rodovia, deve-se virar na saída para Jacupiranga (km 475) e assim percorrer a Rodovia Prefeito Manoel de Lima (SP-193). Depois, deve-se pegar a Rodovia Benedito Pascoal de França (SP-165) até Iporanga. Entre Iporanga e Apiaí são 40km pela rodovia SP-165.

 

Informações técnicas

Cada núcleo cobra um valor de entrada. No núcleo Santana paga-se R$ 9 por pessoa + R$ 6 por carro, já o núcleo Caboclos cobra R$ 6 por pessoa + R$ 12 a noite no camping. A visitação em cavernas só poderá ser feita com guias cadastrados que podem ser contratados por agências locais. Os guias trabalham com valores por dia e por pessoa, então, para aproveitar melhor o seu dia, a dica é fazer um roteiro que inclua algumas cavernas.

 

As cavernas

Devido à distância dos núcleos, a melhor opção é escolher um local e aproveitar o dia de passeio.

 

Núcleo Santana: é o principal ponto de visitação, pois abriga as cavernas Santana, Morro Preto, Couto, Água Suja e do Cafezal.

 

Entrada da caverna Morro Preto | Foto por Bruna Cazzolato Ribeiro
Entrada da caverna Morro Preto | Foto por Bruna Cazzolato Ribeiro

 

Neste núcleo, as cavernas Santana, Morro Preto e Couto são consideradas as mais populares por sua facilidade de acesso. As cavernas Água Suja e do Cafezal são mais distantes (em torno de 40min de caminhadas da entrada do parque) e parte do trajeto é feito em água, ou seja, esteja preparado para se molhar.

 

A visitação nas cavernas mais populares duram de 1h a 2hs. Isso varia conforme o passo do grupo. Esteja preparado para caminhar em ambiente hostil.

 

Estalagmites e estalactites formam uma coluna na caverna Santana | Foto por Bruna Cazzolato Ribeiro
Estalagmites e estalactites formam uma coluna na caverna Santana | Foto por Bruna Cazzolato Ribeiro

 

Núcleo Caboclos: aqui localizam-se as cavernas consideradas mais bonitas por muitos viajantes: Teminina e Complexo de Aranhas ( que inclui as cavernas Aranha, Chapéu Mirim I e Chapéu Mirim II). Este núcleo tem difícil acesso, pois se encontra no coração do Petar.

 

Núcleo Casa de Pedra: aqui está a caverna Casa de Pedra, com o maior pórtico de entrada no mundo. Porém, não é permitido visitar seu interior, somente seu pórtico.

 

Núcleo Ouro Grosso: abriga as cavernas Ouro Grosso (uma das mais difíceis de percorrer) e Alambari de Baixo.

 

Além de cavernas, todos os núcleos têm trilhas, cachoeiras, visitas a quilombos e rafting.

 

O que levar

  • A entrada nas cavernas só é permitida com sapato fechado – indico tênis antiderrapante e calça;
  • Lanternas e baterias extras, já que o flash utiliza muita bateria da máquina;
  • Lanche para trilhas (algumas agências e hospedagens oferecem esse serviço) e garrafa de água.

 

Hospedagens

Há diversos tipos de hospedagem nas cidades e também nas estradas que ligam aos núcleos. Desde campings a hotéis. As pousadas são mais populares entre os visitantes. A maioria das hospedagens oferecem outros serviços, como indicação de guias de turismo e preparação de lanches para as trilhas.

 

A Pousada da Diva é a mais conhecida pelos viajantes, pois trabalha com alojamento ou quarto duplo para acomodar os visitantes.

 

Importante

Como se trata de uma área remota, o Petar não aceita nenhum tipo de cartão como forma de pagamento. Por esse fato, podem existir dificuldades para utilizar cartões também nas hospedagens.

 

As informações das cavernas podem alterar conforme a temporada ou mesmo por acontecimentos naturais, por isso acesse o site do parque estadual ou ligue para (15) 3552-1875.

 

Lembre-se de que se trata de um lugar isolado, com insetos, pouca infraestrutura, mas muita aventura. Então relaxe e curta cada momento que a beleza natural pode lhe proporcionar.

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