Por Paula di Luciano
Sempre fui destemida na hora de viajar – quanto mais longe melhor, quanto mais diferente melhor –, mas com a chegada de um filho vem junto uma montanha de mudanças nas nossas vidas, até mesmo na rotina das viagens; você se pergunta mil vezes se vale a pena encarar as viagens com bebês. Não quer dizer que agora precisamos ir para a Disney (nada disso!), mas precisamos respeitar seus tempos e necessidades.
Gostaria de apresentar o mundo para a minha filha e continuar conhecendo-o junto com ela, mas sem mudar o estilo de viagem que meu marido e eu curtimos. No entanto, agora é tempo de redobrar cuidados para poder viajar. Com seus poucos 5 meses de vida, minha filha já tem na carreira duas viagens de avião, uma nacional e outra internacional – acho que ela já tem futuro de boa viajante.
Isso não significa que com essas dicas você estará a salvo. Vá preparado para fazer mudanças no estilo das suas viagens e para abrir mão de algumas coisas. Tenho certeza de que aos poucos (bem aos poucos) o estilo de viagem voltará ao normal e, ao mesmo tempo, iremos descobrindo novas formas de conhecer o mundo na companhia de um serzinho curioso que nos fará enxergar coisas que sozinhos nunca teríamos pensado. Aqui vão algumas dicas para viajar com bebês e facilitar a vida de outros pais-viajantes:
No aeroporto
É bom levar na malinha de viagem medicamentos que possam ser necessários durante o voo, como algum remédio para enjoos ou dores, e incluir junto a prescrição médica do pediatra, especialmente para viagens internacionais. Fora do Brasil não é tão simples comprar alguns medicamentos, o ideal é ser precavido e levar tudo de casa.
Atenção, levar tudo mesmo! Para este tipo de viagens, certidão de nascimento não é suficiente, é preciso embarcar com documento com foto.
O carrinho pode nos acompanhar até a porta do avião, mas antes do pouso é bom lembrar a aeromoça de que você o quer assim que descer da aeronave. Caso contrário, eles podem mandar para a esteira junto com as malas e então será preciso carregar o bebê durante os trâmites de imigração e durante a espera pelas malas na esteira. Também é legal providenciar um saco plástico para cobri-lo porque você pode chegar ao seu destino com chuva e, se a cadeirinha molhar, não vai ser possível usar.
No avião
Pois é, agora você vai chegar na sua poltrona e as pessoas em volta vão te olhar com cara de pouco contentes… Para fazer do voo o mais ameno possível, é importante carregar junto soro fisiológico para umidificar e desentupir o nariz, e sempre deixar a chupeta à mão, especialmente na hora da decolagem e do pouso; sugar ameniza as dores de ouvido do bebê. E não se esqueça dos brinquedinhos! Para viagens longas você pode solicitar um berço, que é colocado na primeira fileira de assentos.
No hotel
Avise na hora de fazer a reserva que você vai precisar de um berço e, se possível, de uma banheira infantil. É bom se informar também se será possível esquentar água para preparar a mamadeira ou fazer papinha. Por mais esquisito que pareça, tem hotéis que não permitem nem esquentar água na cozinha deles. Nesse caso, priorize acomodações que tenham uma pequena cozinha dentro do próprio quarto.
É importante também levar roupinhas apropriadas. Nas viagens que nós fizemos, levamos praticamente o armário inteiro! Bebês se sujam e não dá tempo da roupinha secar, por isso, é melhor levar muito mais do que você calcula que usaria estando em casa. É bom também levar o sabão que normalmente você usa para lavar as roupas ou, então, um sabão de coco para emergências.