Mar e Mata Atlântica compõem o visual da ciclovia | Foto: Prefeitura do Rio de Janeiro
A paisagem do Rio de Janeiro está mais acessível para os ciclistas: a Ciclovia Niemeyer, na avenida de mesmo nome, passa a ligar os bairros de Leblon e São Conrado. Ao custo de R$ 44 milhões, a via de 3,9km de extensão e 2,5m de largura levou cerca de um ano e meio para ficar pronta. Inaugurada ontem pela prefeitura do Rio, já vem sendo considerada uma das ciclovias mais bonitas do mundo – tem o mar de um lado e a Mata Atlântica do outro.
No entanto, para quem está de carro, a incrível vista da Avenida Niemeyer se tornou um pouco menos acessível em certos trechos, uma vez que a via de uso exclusivo de ciclistas está de 40 a 80 cm mais alta que o nível da rua. A explicação para uma diferença tão grande está relacionada à nova tubulação de esgoto que foi implementada na cidade.
Enquanto uns alegam ser esse um problema de prioridade – bicicleta em vez de carro –, outros defendem a ideia de que a preservação da paisagem é um direito de todos, independente do meio de transporte utilizado. As críticas também dizem respeito à falta de um espaço para circulação de pedestres, já que a via é de uso exclusivo de ciclistas.
Esse é o primeiro trecho do Complexo Cicloviário Tim Maia – o nome homenageia o cantor carioca que enalteceu a beleza da cidade na música Do Leme ao Pontal –, o segundo trecho, que ligará São Conrado e Barra da Tijuca deve ser inaugurado ainda no primeiro semestre desse ano. O trajeto completo, entre Leblon e Barra, terá 7km de extensão.
Hoje já é possível circular pelas ciclovias, de maneira ininterrupta, do centro até o Leblon. A partir da conclusão do segundo trecho do Complexo Tim Maia, será viável pedalar da área central até Grumari, no extremo oeste da cidade – o trecho entre a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes já é ligado por ciclovia. No total, o Rio tem 438km de ciclovias, o que a torna a cidade de maior malha cicloviária da América Latina.
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