Por Poliana Mendonça de Souza
O nome parece estranho: Saco do Mamanguá. Passada a estranheza do nome, vamos ao que realmente interessa: o fato desse ser um dos lugares mais bonitos e intocados na costa fluminense. Erroneamente conhecido como “fiorde tropical” – tal denominação é impossível, fiordes nascem a partir de geleiras, o que não é o caso –, o Saco possui águas rasas, mornas e tranquilas num tom incrível de azul. São 33 praias, duas ilhas e um manguezal enorme em seu final. As águas protegidas são refúgio de todo o tipo de espécie, e não é difícil ver golfinhos na região.
Onde fica?
Localizado no litoral de Paraty, no Rio de Janeiro, o Saco do Mamanguá é um braço de mar que entra 8 km adentro no continente, criando talvez um cenário único em todo o país.
Como chegar?
O acesso às praias do Saco do Mamanguá é apenas de barco. Para chegar até lá, de carro, na rodovia Rio-Santos, pegue a saída para o vilarejo de Paraty Mirim (km 581). A estradinha é de terra até chegar na praia, onde alguns estacionamentos estão disponíveis. Ainda no estacionamento diversos barqueiros já oferecem o serviço de traslado para praias da região, e aí é só negociar o valor até o Saco do Mamanguá. De lanchinha rápida, o percurso dura 15 min, de barco de pesca, em torno de 40 min.
Onde se hospedar?
O Saco do Mamanguá é um lugar ainda rústico e pouco explorado pela indústria do turismo. Há um camping na Praia do Cruzeiro e dois hotéis luxuosos. Do barco é possível avistar casarões escondidos na mata, alguns com suas próprias prainhas particulares. Uma dessas casas é a famosa mansão do filme “Amanhecer”, da “Saga Crepúsculo”, onde os personagens principais passam a lua de mel. Para quem tem bala na agulha, a casa está disponível para aluguel de temporada por uma pequena fortuna.
O que fazer?
É difícil não se entregar ao ócio e ficar boiando naquela água quentinha o dia inteiro, mas não faltam atividades para se fazer no Saco do Mamanguá. Da Praia do Cruzeiro sai a trilha para o Morro do Pão de Açúcar, que oferece uma visão mais que privilegiada de todo o Saco (veja a foto que abre esse post). Com aproximadamente 40 min de subida intensa, a trilha pode parecer puxada para quem está um pouco sedentário, mas não desista, a vista lá de cima é simplesmente arrebatadora.
Diretamente com os moradores ou com o seu hotel (se estiver hospedado), também é possível alugar caiaque e percorrer os 8 km do braço de mar até o mangue, fazer stand-up paddle, mergulhos, snorkel, além de outras inúmeras trilhas. O Saco é um daqueles lugares com muito a ser desbravado ainda!