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21.09.2017

A estonteante Trilha do Morro do Rapa – Florianópolis

Mirante de pedra no ponto mais ao norte de Florianópolis

 

Por Grazi Calazans

 

Com seu belo litoral bastante recortado, Florianópolis possui inúmeras enseadas, pontas, baías, lagoas e trilhas com visuais deslumbrantes. Uma destas trilhas é a do Morro do Rapa, que apresenta uma das vistas mais bonitas do norte da ilha. A caminhada tem quase 3km de extensão (2.800me a média do tempo de percurso é de uma hora e meia, sendo sua dificuldade leve, apesar de ter partes íngremes. Ela pode ser feita em duas direções, pois liga a praia da Lagoinha do Norte à praia Brava, passando pela Ponta do Rapa, que dá nome ao caminho.

 

Visual da praia da Lagoinha do Norte no inicio da trilha

 

Eu iniciei o percurso pela Lagoinha do Norte, o que valeu muito a pena, porque o final da trilha, próximo a Praia Brava, tem um dos visuais mais espetaculares que já vi. Mas vamos começar do início: chegando a Lagoinha do Norte vai-se beirando os quiosques do lado direito da praia até encontrar uma subida, uma pequena rua com algumas casas. Dali não se imagina muito bem ainda a trilha, apesar de ter uma bela vista da Praia da Lagoinha. Subindo mais um pouco e passando por uma estreita calçada, encontra-se a entrada oficial da trilha, bem sinalizada.

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A trilha é bem sinalizada

 

Desse início em meio à Mata Atlântica, já se tem vários pontos para avistar a beleza da encosta recortada pelo mar azul brilhante. Alguns minutos depois, chegamos ao mirante de pedra, uma pequena saída da trilha, uma enorme pedra que serve de um belíssimo mirante. Dalí é possível avistar boa parte do continente e as praias que vão ficando para trás. Passamos também pela caverna de pedra, uma formação rochosa que molda um túnel sobre a trilha.

 

Túnel de Pedra que faz parte de trilha

 

A Ponta do Rapa é o ponto mais ao norte da ilha de Florianópolis, de modo que, ao circundarmos a trilha, estamos dando a volta nesta pequena península, onde encontra-se a Agulhinha do Rapa, mudando totalmente a nossa perspectiva. No início vemos a parte interna da ilha, que dá para o continente e depois observamos a parte externa, para o oceano.

 

Enseadas na parte interna da ilha

 

Depois da subida até a Agulhinha do Rapa, onde é possível fazer escaladas em rocha, começamos uma descida pela mata para despontar em dos mirantes mais belos que já vi: uma grande plataforma de parapente de onde podemos ver os dois lados da ilha de Florianópolis, leste e oeste. O mar ao redor, o recorte de todo o norte da ilha deleitando nossos olhos – algo que foto nenhuma pode mensurar. Uma parada ali é obrigatória, para contemplar o visual, os sons da mata e do mar mesclados em uma sinfonia única – um bom exercício de humildade, tamanha a nossa pequenez diante da grandeza da natureza.

 

Os dois lados da ilha vistos de cima da rampa

 

Depois dessa pausa energizante, basta seguir a trilha que leva até o asfalto, uma ladeira que termina na Praia Brava, onde o mar, que não estava tão bravo assim, convida para um mergulho refrescante, e a areia fina e clara nos envolve num abraço para, com sorte, apreciar os vôos de parapente pairando sobre nossas cabeças.

 

O lado do oceano, Praia Brava logo abaixo

 

Assim, passamos duas horas (que poderiam ser quatro ou cinco) imersos nas belezas da Ilha da Magia.

 

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